Renault Zoe tem a sua produção suspensa

A escassez de componentes eletrónicos manifestou-se significativamente duramente entre os anos de 2019 e 2022, afetando as vendas de produtos eletrónicos e impactando diversos setores industriais.

Tem vindo a reduzir-se gradualmente à medida que as capacidades aumentam e os investimentos são feitos para alargar as linhas de produção, mas mantém-se relevante em algumas áreas, como na indústria automóvel.

E isso ainda tem consequências. Uma das fábricas da Renault em França, em Flins, terá que interromper a sua atividade durante várias semanas durante este mês de junho para se adaptar à dificuldade de receber componentes eletrónicos.

Essa crise persistente de semicondutores afetará a produção do Renault Zoe, o veículo elétrico emblemático da fabricante.

“Por falta de componentes eletrónicos, o fluxo de carroçaria (montagem, pintura, chaparia) e as funções de suporte associadas não funcionarão, exceto para o pessoal designado pela hierarquia”, indica o sindicato CFDT Renault Flins.

As 355 pessoas que trabalham no “fluxo Renault Zoe” vão ser colocadas em LayOff, devido a um “contexto geral de crise nos componentes eletrónicos e semicondutores”.

Estas dificuldades de acesso aos chips eletrónicos fizeram com que a Europa se sensibilizasse para as suas fragilidades na produção de componentes e desencadeasse iniciativas de relocalização de locais de forma a garantir a soberania sobre os meios de produção e a segurança das rotas.

Renault Zoe com problemas de produção por causa da falta de componentes

O grupo Intel construirá locais de produção e montagem na Alemanha e na Itália, enquanto a TSMC está em negociações para abrir uma primeira fábrica na Europa. Essas negociações estão a ocorrer no âmbito da Lei Europeia de Chips, que coloca 43 biliões de euros na mesa para financiar fábricas e tecnologias de semicondutores.

Até tudo isto estar resolvido, é super natural que haja alguma dificuldade nas entregas do Renault Zoe.