Populismo e Terrorismo de Extrema-Direita crescem na Europa e criam vulnerabilidades às empresas

Populismo e Terrorismo de Extrema-Direita crescem na Europa e criam vulnerabilidades às empresas

23 Abril, 2019 0 Por Joel Pinto

O aumento do terrorismo de extrema-direita na Europa está a criar um ambiente de segurança cada vez mais complexo e novas vulnerabilidades para empresas e comunidades. As conclusões constam dos Mapas de Risco Político e de Terrorismo e Violência Política da Aon, produzidos em conjunto com o Continuum Economics e The Risk Advisory Group.

De acordo com a Aon, o populismo ganha peso crescente na Europa. Atualmente, 11 países Europeus têm partidos populistas no Governo, detendo, em média, 22% de votos em 33 países. O sentimento anti-imigrante é um dos princípios centrais de muitos destes movimentos populistas, o que tende a fazer aumentar ainda mais o terrorismo de extrema-direita e a tensão social.

Os Mapas de Risco da Aon avaliam o risco político, o terrorismo e a violência política em todo o mundo. Este ano o cenário torna-se mais complexo pelo ressurgimento de políticas populistas que encorajaram mudanças políticas potencialmente fraturantes e podem, em alguns casos, alimentar ideologias extremistas prejudiciais para empresas e cidadãos.

A Alemanha e a Grécia registaram o maior aumento de ataques terroristas concretizados e planos frustrados de índole extrema-direita na Europa em 2018. Na Alemanha foram registados 22 incidentes entre 2016 e 2018, o dobro de anos anteriores.

Espanha foi um dos países europeus a registar uma melhoria no risco de terrorismo (de “Médio” para “Baixo”).

Tensão entre EUA e China vai afetar empresas norte-americanas

As conclusões dos Mapas de Risco da Aon indicam também que ao manterem-se as tensões comerciais entre os EUA e a China estas afectarão significativamente os negócios dos Estados Unidos no próximo ano.

De uma forma geral, os Mapas de Risco da Aon concluem que, globalmente, a incerteza nas relações comerciais e o protecionismo extremo continuam a ser as principais fontes de risco para as empresas. O risco de interrupção da cadeia de abastecimento é uma preocupação crescente, mesmo nos países mais estáveis.

As mudanças climáticas e o clima extremo exacerbaram também os riscos de interrupção da cadeia de abastecimento em certas regiões.

África Subsaariana mantém elevado nível de riscos 

Mais de dois terços dos países da África Subsaariana estão em risco de greves, tumultos e outros tipos de agitação civil, com um quarto deles em risco de sabotagem e ataques terroristas. Os investimentos na região são particularmente afetados durante as eleições, que são frequentemente pontos de inflamação para protestos disruptivos, inquietação e prolongada incerteza política. Em 2019 mais de 20 países na região têm eleições.

Mais de 30 países da África Subsaariana têm um risco identificável de inquietação civil e greves em 2019, inclusive em alguns dos destinos de investimento, como Nigéria, Quénia e África do Sul. A inquietação é muitas vezes desencadeada por pontos de vista políticos previsíveis, como as eleições. Contudo, questões mais locais, como condições socioeconómicas, disputas trabalhistas ou questões intercomunitárias, também provocam frequentemente contextos de violência.

Joel Pinto

Fundador do Noticias e Tecnologia, e este foi o seu segundo projeto online, depois de vários anos ligado a um portal voltado para o sistema Android, onde também foi um dos seus fundadores.