EUA proíbem câmaras e equipamentos de telecomunicações da China

A FCC, reguladora de telecomunicações dos EUA, proibiu a venda nos Estados Unidos de novos equipamentos de telecomunicações e câmaras de vigilância de meia dúzia de empresas chinesas, incluindo da Huawei e da ZTE. No entanto, essas não são as únicas empresas visadas, já que a Dahua Technology, a Hikvision e a Hytera Communications também foram visadas.

Esta decisão é a mais recente ilustração da desconfiança dos Estados Unidos em relação aos gigantes tecnológicos chineses, cujos equipamentos eles temem estar a ser utilizados ​​para espionagem.

“Essas novas regras representam uma parte importante dos nossos esforços contínuos para proteger o povo americano de ameaças à segurança nacional envolvendo telecomunicações”, disse a Presidente da FCC, Jessica Rosenworcel.

O regulador pondera também reexaminar as autorizações já concedidas, bem como os procedimentos de revisão das interdições anunciadas.

Em linha com a de seu antecessor, Donald Trump, o governo Biden adotou uma linha firme contra os fabricantes chineses de equipamentos de telecomunicações, suspeitos de espionagem em benefício da China.

Em maio de 2020, o governo Trump havia exigido que os subcontratados da Huawei solicitassem autorização para usar componentes americanos, bloqueando efetivamente o fornecimento à fabricante de equipamentos de produtos fabricados por empresas sediadas nos Estados Unidos. A decisão penalizou a atividade do grupo, sobretudo nos smartphones onde a Huawei quase desapareceu do mercado.

EUA continuam a desconfiar dos produtos da China

A FCC então colocou na lista negra a Huawei, ZTE, Hytera Communications, a Hikvision Digital Technology e a Dahua Technology, em março de 2021 como empresas que representam “risco inaceitável” para a segurança nacional dos EUA. Em junho de 2021, a agência disse ser favorável a um plano para proibir as autorizações concedidas a empresas chinesas de equipamentos de telecomunicações.

Essa proibição levantou preocupações entre as pequenas operadoras de telecomunicações, que são as únicas a utilizar os equipamentos da Huawei e da ZTE na sua rede. Em setembro de 2020, a FCC estimou que a substituição desse equipamento custaria mais de 1,8 biliões de dólares.

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