Análise Xiaomi 13T Pro: Xeque-Mate

Análise Xiaomi 13T Pro: Xeque-Mate

8 Novembro, 2023 0 Por Joel Pinto

Depois de ter sido oficialmente anunciado no passado mês de setembro e de ter chegado ao mercado nacional no inicio do passado mês de outubro, chegou o momento de revelarmos a nossa análise do Xiaomi 13T Pro. Este é o mais potente de dois equipamentos que chegaram ao mercado com uma excelente relação de custo e beneficio.

Design

Não lhe vou dar o prémio de smartphone mais bonito, mas a Xiaomi fez um excelente trabalho, ainda mais porque estamos perante um modelo “T”. Este modelo incorpora elementos dos modelos topo de gama da marca, nomeadamente a série 13.

De aparência clássica, este Xiaomi 13T Pro pretende ser eficiente e impecável. O contrato é cumprido e temos um smartphone com um design elegante que destaca o seu bloco de fotos. A fabricante quer dar a conhecer que trabalha de mãos dadas com a Leica e isso não passa despercebido. Moderno, o 13T Pro opta por uma traseira “espelhada” agradável de olhar… mas que é um verdadeiro íman de impressões digitais. Contudo a Xiaomi prefere focar-se no efeito “uau” e oferece-nos um aparelho com um nível de acabamento muito bom.

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O smartphone não é muito pesado apesar do seu formato (206 g) e oferece boa aderência. Acima de tudo, apreciamos o facto dele chegar com a proteção Corning Gorilla 5 na frente e a certificação IP68.

Ecrã

O mais recente smartphone high-end da Xiaomi apresenta um ecrã OLED de 6,67 polegadas no formato 20:9, e com a resolução 2712 x 1220 pixeis e, portanto, um pouco melhor do que a habitual FullHD+. A Xiaomi anuncia taxa de refrescamento de 144Hz, além de suporte para DolbyVision, HDR10 e HDR10+. Já estamos habituados a excelentes ecrãs da empresa, e aqui estamos na presença de um ecrã realmente muito brilhante, com 1200 nits e com pico de 2600 nits.

Por outro lado, o Xiaomi 13T Pro ignora a tecnologia LTPO. Este último continua a ser uma prerrogativa dos modelos topo de gama, permitindo que o painel ajuste a sua taxa de refrescamento e se adapte dinamicamente ao conteúdo exibido. Além disso, ajuda a economizar bateria, consumindo menos energia. A Xiaomi compensa com o “AdaptiveSync” que irá variar a taxa de refrescamento entre os 60 e os 144Hz.

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Tirando este ligeiro “defeito”, não há reclamação sobre este ecrã que é excelente. A Xiaomi oferece um painel excelente e sempre prefere cores lisonjeiras (modo intenso recomendado) à realidade. Para fazer isso, terá que ir até as definições e escolher “cor original” para se aproximar, mas não há dúvida de que muitos ficarão satisfeitos com a escolha padrão.

Mesmo em condições de luz solar direta, tudo se consegue visualizar muito bem neste ecrã, que a meu ver é dos melhores que equipa os smartphones da empresa chinesa.

Desempenho

O Xiaomi 13T Pro desvia-se dos chips da Qualcomm e adota o Dimensity 9200+. O chip da rival MediaTek é uma solução de ponta, apoiado por um GPU Immortalis-715 MC11. O modelo que testei conta com 16 GB de RAM com 1TB de armazenamento armazenamento interno.

No uso diário, o Xiaomi 13T Pro não encontra dificuldades e oferece claramente uma experiência de ponta. O seu chip sai-se melhor do que um Snapdragon 8 Gen 1 e não está muito longe daquilo que é oferecido pelo Snapdragon 8 Gen 2, e isto nos testes de bechmark, já que no dia-a-dia, não irá sentir qualquer diferença. Garanto-lho que não terá qualquer surpresa desagradável em termos de desempenho, mesmo com os jogos mais pesados que existem para smartphone, como o Call of Duty Mobile, Fortnite e muitos outros.

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No entanto, reparei que em momentos, depois de algum tempo a jogar, o telefone tende a aquecer um pouco. Nada de muito excessivo, mas o Xiaomi 13T Pro pode ter tendência de aquecer, sem que isso afete a sua utilização.

Fotografia com apoio da Leica

É neste ponto que a Xiaomi mais se foca neste smartphone. São 3 sensores na traseira que prometem fazer o que for necessário para capturar da melhor forma possivel todos os seus momentos. Temos um sensor principal Sony IMX707 com 50MP com OIS, que é acompanhado por um sensor ultra grande angular de 12MP, o Omnivision OV13B, e por fim uma lente telefoto de 50MP (Omnivision OV50D) com zoom óptico 2X.

Vários elementos devem ser destacados, a começar pela participação da Leica neste triplo sensor fotográfico. A presença da lente telefoto tende a tranquilizar-nos sobre a orientação topo de gama deste smartphone. Comparado com a série 13 mais premium, notamos a ausência de um sensor de 1 polegada que podemos ver no 13 Pro e 13 Ultra. No papel, a Xiaomi não reinventa a roda e avança com sensores que sabe oferecer uma configuração consistente. A marca Leica é definitivamente intrigante neste 13T Pro.

Xiaomi 13T Pro
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Como já havia mencionado na nossa análise do Xiaomi 13, a aplicação fotográfica da Xiaomi foca-se nas cores da Leica. Concretamente, explica desde o primeiro lançamento que é possível tirar fotos em dois modos: Leica Vibrant e Leica Authentic. Felizmente, a escolha não é definitiva e pode alternar facilmente entre os dois modos. Como os seus nomes indicam, o primeiro pretende um estilo com cores mais vibrantes – e com isso quero dizer bastante lisonjeiro – enquanto o segundo pretende ser mais realista. A escolha será baseada nas suas preferências e no cenário.

O Xiaomi 13T Pro é uma bela surpresa nas fotos, graças principalmente ao seu sensor principal. Atende claramente às expectativas em todas as situações, oferecendo boa gestão de cores e fotos detalhadas. Se a ultra grande angular aparece um pouco atrás neste trio, ela também oferece resultados bastante satisfatórios. Por fim, a surpresa muito boa vem da lente telefoto x2 deste smartphone. Isso realmente agrega ao uso, confirmando os benefícios de ter esse tipo de lente no smartphone. A Xiaomi realmente oferece-nos um módulo interessante e muito voluntário, apesar de contar com “apenas” zoom de X2.

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Quando falta luz, ainda vemos a distância que falta percorrer para chegar ao patamar dos modelos emblemáticos do mercado. No entanto, este Xiaomi 13T Pro faz mais do que se manter e tem que levá-lo a esses limites para ficar realmente desapontado.

Por fim, na frente temos um sensor de 20MP, que em termos práticos, não é ótimo, nem é mau. É um sensor que faz muito bem o seu papel, não o vai desanimar, mas não o vai deslumbrar.

Autonomia e carregamento

Vamos começar com boas noticias, a Xiaomi continua a fornecer o carregador necessário para tirar o melhor partido do equipamento. A verdade é que o Xiaomi 13T Pro pode aproveitar ao máximo a sua tecnologia HyperCharge de 120W com o carregador que vem na caixa.

A sua bateria conta com 5000mAh e oferece uma boa autonomia. Diga-mos que oferece um dia de utilização sem qualquer problema, mesmo para aqueles com utilização mais intensa. No entanto, não posso afirmar que tenho impressionado neste setor. Não deverá ter dificuldade em passar um dia inteiro de uso sem privações. No entanto, será muito difícil chegar a dois dias de uso sem fazer compromissos. Como costuma acontecer, depende de muitos elementos (frequência de uso, conectividade, número de aplicações, jogo, os 144Hz, o brilho, etc.), mas ainda vemos que o Xiaomi 13T Pro consome muita energia com uso pesado.

Felizmente a falta de energia é um não problema. Com 120W do seu carregador é possivel carregar dos 0 aos 100% em apenas 25 minutos. Dos 30 aos 100% em 16 minutos… ou seja, o tempo de beber um café e temos a bateria no máximo, por isso não me preocupo muito com a sua autonomia, que ainda assim, oferece facilmente um dia inteiro com uso intenso.

Software

Equipado com Android 13, o Xiaomi 13T Pro chega com a sua própria interface, o MIUI 14, e em breve deverá contar com o HyperOS. Aqueles que estão habituados a utilizar equipamentos da Xiaomi não ficarão desorientados e a interface deu um pequeno salto em termos de experiência de utilização.

Prezamos sempre pela fluidez de uso e pelas inúmeras opções de personalização. Vemos também progressos em termos de ergonomia, mesmo que tudo ainda não esteja perfeito. Às vezes tem que procurar uma opção, mas a Xiaomi está claramente no caminho certo. Há, no entanto, uma tendência de se afastar da experiência padrão do Android, mas essa escolha pode agradar e depende das suas expectativas.

Finalmente, lamentamos sempre o grande número de aplicações pré-instaladas, que habitualmente chamamos de bloatware. É verdade que é possível limpar as mesmas, mas ainda há muitas aplicações de terceiros, e num telefone topo de gama é algo que não me agrada. Só para terem ideia, ele vem pré-instalado com aplicações como Amazon Store, Facebook, TikTok, WPS Office, Prime Video, Booking.com, LinkedIn, Audible, Spotify, Snapchat, AliExpress, Opera, Netflix, e outras.

Contudo, não era justo terminar de falar deste equipamento sem falar de algo verdadeiramente bom. A empresa mudou a sua abordagem em relação às atualizações. Muitas vezes cautelosa sobre isso, a Xiaomi anuncia que a sua linha 13T vai beneficiar de quatro anos de atualizações do Android e cinco anos de atualizações de segurança.

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Veredito Final Xiaomi 13T Pro

O Xiaomi 13T Pro preenche todos os requisitos de um smartphone muito bom e destaca-se pela excelente relação de qualidade e preço. Por 800 euros, estamos na presença de um dispositivo com um design cuidado (IP68), equipado com um ecrã de boa qualidade e capaz de oferecer um desempenho muito bom. A cereja do bolo vem da sua parte fotográfica, homogénea e de muito boa qualidade com destaque para a teleobjetiva. A cooperação com a Leica permitiu à Xiaomi progredir muito nesta área.

O seu carregamento muito rápido, de 120W, a interface melhorada e a nova política de atualização de software, torna este equipamento mais interessante. Ainda não está tudo perfeito, mas muito dificilmente conseguirá comprar um smartphone melhor que este Xiaomi 13T Pro por 800 euros… por 900, ou até por 1000 euros.

Por esse motivo, a nossa nota para este Xiaomi 13T Pro não podia ser outra:

Este equipamento foi-nos gentilmente disponibilizado pela Xiaomi Portugal para que a realização desta análise fosse possivel. Se quiser, pode aceder à página oficial do produto aqui.

Joel Pinto

Fundador do Noticias e Tecnologia, e este foi o seu segundo projeto online, depois de vários anos ligado a um portal voltado para o sistema Android, onde também foi um dos seus fundadores.