Terá sido a venda da Honor uma farsa criada pela Huawei?

Todos conhecemos os problemas que a Huawei atravessa por causa das diversas sanções que têm vindo a ser aplicadas pelo governo dos Estados Unidos. Numa fase inicial pensou-se que era apenas teimosia de Donald Trump, mas a verdade é que o mesmo saiu do poder, e deu lugar a Joe Biden. E o que mudou desde então? Muita coisa... que tem vindo a piorar ainda mais a vida da Huawei.

Ou seja, não era mais uma teimosia de Donald Trump, já que Joe Biden alem de manter todas as sanções aplicadas pelo seu antecessor, ainda aplicou mais algumas, que tornam a vida da gigante da China cada vez mais complicada. Cada vez mais estrangulada pelas sanções dos Estados Unidos, a Huawei supostamente não conseguia dar resposta a duas marcas, e por isso decidiu desfazer-se da Honor, a sua subsidiária que conta com milhões de fãs em todo o mundo.

Essa venda à Zhixin New Information Technology, permitiu à Honor ganhar a sua independência, e voltar a negociar com empresas Americanas, ou seja, fugir das sanções aplicadas pelo governo dos Estados Unidos, já que, pelo menos na teoria, deixou de estar ligada à Huawei. Acontece, que agora os senadores dos EUA já estão a solicitar a inclusão da Honor na lista negra, e passar a ter o mesmo tratamento da Huawei.

Mais uma vez, invocam questões de segurança nacional, e o mais certo é que nas próximas dias/semanas, Joe Biden atenda a essa solicitação, e coloque a Honor no mesmo barco da Huawei.

Será que a Huawei vendeu mesmo a Honor?

Não me cabe a mim decidir se isso é justo, ou injusto, mas desde sempre que tenho afirmado que a venda da Honor me parece ter sido a forma que a Huawei encontrou de contornar as sanções dos Estados Unidos. Esse negócio foi tudo menos claro, e desde logo a começar pela sua venda. Falou-se que a Huawei queria vender a Honor, e em poucos dias o negocio foi concretizado com uma até então desconhecida Zhixin New Information Technology, sem dar hipóteses de outros players se posicionarem para a sua compra. Ou seja, a "venda" estava feita ainda antes de sair para publico que se estava a pensar vender a mesma.

Além disso, tudo o que a Honor tem feito desde então tem o ADN Huawei, mas tudo mesmo. Todos os equipamentos lançados pela empresa têm o ADN da gigante, e com design muito semelhante aquele que a Huawei oferece nos seus equipamentos. Por exemplo, o Honor 50 mais não é que um clone do novo Nova 9, e o mesmo é válido para o seu mais recente laptop, o Magicbook, que mais não é do que um Huawei Matebook, ligeiramente modificado no seu interior. E podia revelar aqui outros exemplos, mas estes dois, são suficientes para comprovar a minha teoria.

E se duvidas ainda sobrassem, hoje veio a publico que a Honor está pronta para lançar o seu mais recente browser, que se vai chamar de Honor Browser. E imaginem, provavelmente já não vão ficar espantados, é um clone do Huawei Browser, com nome e logótipo diferente. Espantados? Eu não... e na prática os utilizadores dos smartphones da Honor, terão o navegador da Huawei, mas com um nome diferente.

Mas isso é mau? Cabe a cada um de vós decidir se sim ou se não, mas nada me tira da cabeça que a Honor continua a fazer parte da Huawei mas de uma forma camuflada.

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