Será que que precisamos de um processador de topo no nosso smartphone?
11 Maio, 2020A Qualcomm anunciou hoje aquele que é o seu mais recente processador dedicado aos jogos, o Snapdragon 768G. Trata-se de uma evolução do já nosso bem conhecido Snapdragon 765G e que promete um desempenho muito satisfatório. A sua chegada coloca em causa, se precisamos realmente de um smartphone de topo.
Existem rumores, com muito fundamento, que dão conta de que o próximo telefone da Google, que deverá ser chamado de Google Pixel 5, não chegará com o tão esperado Snapdragon 865, mas sim com o recém anunciado Qualcomm Snapdragon 768G.
Se tivermos em consideração que este novo processador conta com um CPU Kryo 475 que opera no máximo 2,8 GHz e um GPU Adreno 620, será que existem actualmente tarefas que justifiquem a utilização do Snapdragon 865? Obviamente ainda não testei nenhum equipamento com o mais recente processador da Qualcomm, mas já testei muitos com o Snapdragon 865 e outros tantos com o Snapdragon 765G, e a nível de processamento não consegui encontrar diferenças significativas, a não ser nos testes de benchmark.
Uma vez que este Snapdragon 768G é ainda mais poderoso do que o seu antecessor, o caminho que parece estar a ser seguido pela Google, e que foi o mesmo caminho que a LG fez com o LG Velvet, poderá ser seguido em breve por outras fabricantes.
No dia-a-dia, mesmo para a grande maioria dos utilizadores mais exigentes, a diferença real de desempenho de um smartphone com um Snapdragon 865 e um Snapdragon 768G deverá ser insignificante. Tal como tinha referido anteriormente, já testei alguns equipamentos com o 765G, e em aplicações mais pesadas, nomeadamente nos jogos, a diferença de desempenho não é notada, se comparado com o actual topo de gama da Qualcomm.
No entanto, o mais recente processador da Qualcomm é significativamente mais barato que o do topo de gama, e isso nota-se no preço de venda dos smartphones. Alem disso, este nosso SOC também permite a utilização de sensores fotográficos com muitos pixeis, já tem o suporte total para as redes 5G e até suporte para ecrãs com taxas de refrescamento de até 120Hz.
Mas será que precisamos de um smartphone de topo?
Imagine dois telefones exactamente iguais, em que a única diferença era o seu processador (Snapdragon 865 vs Snapdragon 768G). Se um custasse €900 e o outro custasse €650, por qual desses telefones optava? Tendo em conta a minha experiência com ambos os SOCs, facilmente optava pela versão com o 768G, porque ter de pagar um incremento monetário só para dizer que tenho, e para os testes de benchmark com um resultado mais alto, é um preço demasiado caro a pagar.
Daí a minha questão: Ainda se justifica adquirir um smartphone com o Qualcomm Snapdragon 865?
Gostava de saber a sua opinião sobre este assunto. Deixe-nos aí o seu comentário.
Joel Pinto
Fundador do Noticias e Tecnologia, e este foi o seu segundo projeto online, depois de vários anos ligado a um portal voltado para o sistema Android, onde também foi um dos seus fundadores.