Microsoft garante que não faz sentido tornar o Call of Duty num exclusivo Xbox

Microsoft garante que não faz sentido tornar o Call of Duty num exclusivo Xbox

11 Agosto, 2022 0 Por Joel Pinto

A compra da Activision Blizzard por parte da Microsoft está a causar muito ruído no mundo dos videojogos, e ainda não garante que o negócio seja aceite pelas entidades competentes. É que este negócio ainda está a ser analisado por diversas entidades antitruste em todo o mundo, e dificilmente chegará uma decisão antes de 2023.

Uma das entidades que está a analisar o caso é o Conselho Administrativo da Defesa Económica (CADE) do Brasil, e é dai que surgem novos detalhes sobre esta situação. De facto, foi graças aos depoimentos que surgiram durante as audiências do CADE que ficamos a saber que a Sony se opõe fortemente contra este negócio, com receio de que o Call of Duty possa acabar directamente nas mãos do seu principal rival, aspecto sobre o qual outros grandes nomes do indústria, com opiniões diferentes, também intervieram, e contrastantes entre si.

No entanto, parece que a Microsoft quer tranquilizar a rival justamente neste ponto, já que uma nova resposta da empresa de Redmond ao CADE elimina completamente a possibilidade de que a série possa tornar-se num exclusivo do Xbox. A razão? A estratégia não faria sentido do ponto de vista económico.

Segundo a Microsoft, uma eventual exclusividade do Call of Duty na Xbox só teria efeitos negativos, pois levaria a aumento de custos e diminuição de vendas que não poderiam ser compensadas. Nem mesmo uma grande movimentação de utilizadores da PlayStation para a Xbox iria compensar essa situação, e essa é a razão pelo qual a Microsoft não pretende sequer pensar no cenário de tornar o jogo num exclusivo.

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Tornar o Call of Duty num exclusivo Xbox pode tornar-se desastroso

Por outro lado, como confirma a empresa norte-americana, o foco da Microsoft não é o desafio nas unidades vendidas das suas consolas, mas sim controlar o sector de streaming e assinatura, passando a focar fortemente na presença de Call of Duty, e eventuais bónus. Na prática, a permanência de Call of Duty na PlayStation pode transformar-se num grande ponto para o seu serviço de assinatura, enquanto continua a interceptar utilizadores que, de qualquer forma, preferirão continuar a jogar nas consolas da Sony. Obviamente, isso coloca a empresa de Redmond numa posição vantajosa, especialmente quando ela terá que negociar algum acordo com o seu rival.

Em suma, a questão da exclusividade do Call of Duty está em grande parte fora de questão, mas a Microsoft certamente vai querer fazer valer o seu poder, desde que a aquisição seja realmente aprovada.

VIA

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Joel Pinto

Fundador do Noticias e Tecnologia, e este foi o seu segundo projeto online, depois de vários anos ligado a um portal voltado para o sistema Android, onde também foi um dos seus fundadores.