Kaspersky OS: Um novo sistema operativo que promete não ser "hackável"

Penso que a Kaspersky é uma empresa que dispensa apresentações, estamos a falar de uma das mais especialistas empresas de segurança cibernética que está por trás da suite de segurança com o mesmo nome. No entanto, a noticia de hoje não está relacionada a qualquer vulnerabilidade que eles encontraram, ou algo desse género.

É que durante a sua conferencia durante a Mobile World Congress 2021, Eugène Kaspersky, o CEO da empresa, revelou que a empresa tem novos planos, e anunciou o Kaspersky OS, um sistema operativo projectado para objectos conectados.

Segundo o mesmo, este Kaspersky OS, com a sua arquitectura ultra-simplificada foi projectado para garantir a protecção ideal dos objectos conectados contra ataques cibernéticos.

“Não é um sistema operativo complexo como o Android ou Linux. Mas isso é mais do que suficiente para objectos conectados. E isso não lhes garante mais segurança cibernética, mas imunidade cibernética ”, garante o fundador da Kaperksy.

Kaspersky OS oficialmente anunciado

Para Eugène Kaspersky, este sistema responde a uma necessidade crucial de segurança que existe nos objectos conectados, que hoje se multiplicam em nossas casas e empresas.

“Não são apenas as grandes empresas que gerem a infraestrutura crítica que são afectadas. Em nossas casas, tudo vai-se tornando pouco a pouco inteligente: o frigorífico, o termostato, as fechaduras, e até as sanitas… Dezenas de objectos conectados vão cercar-nos diariamente e que um dia, ou outro, estarão sujeitos a ataques."

É verdade que os casos de hacking de objectos conectados multiplicaram-se nos últimos anos. Lembramos, por exemplo, o hack das campainhas conectadas ao Amazon Ring ou, mais recentemente, o hack das AirTag, o rastreador Bluetooth da Apple. Segundo Eugène Kapersky, o Kaspersky OS equipará o primeiro Kaspersky Phone da empresa.

Apresentado em Dezembro de 2020, este smartphone seria “impossível de hackear” segundo Kapersky e oferecerá funcionalidades muito limitadas (chamadas, SMS, navegador de Internet e algumas aplicações básicas como calculadora ou alarme), sendo a ideia acima de tudo a oferecer um dispositivo projectado para lidar com dados confidenciais.

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