IPTV: Federações desportivas e emissoras querem reforçar a lei antipirataria

IPTV: Federações desportivas e emissoras querem reforçar a lei antipirataria

13 Abril, 2019 0 Por Joel Pinto

As emissoras de competições desportivas pagam enormes quantias para obter os direitos de transmissão desportiva, das diversas federações. Estes últimos também beneficiam em leiloar “lotes” cada vez mais fragmentados. Não é incomum termos que subscrever vários serviços para poder assistir a todas as competições de um determinado desporto (como por exemplo o futebol). Por exemplo, em Portugal alem dos canais públicos e abertos, se quisermos assistir a jogos de futebol de todas as competições e clubes, temos de subscrever a SportTV, Eleven Sport e a BenficaTV.

Depois de algum tempo, percebe-se que é preciso um bom orçamento para a subscrição de todos esses canais, que nunca fica menos de €44 mais os restantes serviços obrigatórios… que facilmente faz chegar aos €100 mensalmente. E a atracão por fluxos de transmissão ilegais torna-se algo apetecível e significativamente mais económico. As federações desportivas e as emissoras, estão, desde o ano passado, reagrupadas dentro da Associação para a Protecção de Programas desportivos, e querem pressionar os governos a integrar a luta contra a pirataria na reforma do audiovisual actualmente em discussão.

O bom exemplo disso é o que relata o jornal Echoes, que afirma que Didier Quillot, director da Football League (Liga Francesa), diz que o hacking “não são só crianças a assistir a futebol, mas uma indústria que está lá para ganhar dinheiro”. A noção de exclusividade, no desporto, dura o tempo de um jogo, “e tem que se agir rapidamente”.

É por isso que a Associação para a Protecção de Programas desportivos quer inspirar-se nos modelos portugueses e ingleses, que permitem bloquear a transmissão pirata em poucos minutos, e utilizar essa técnica em toda a Europa. Os representantes do sector desportivo querem chegar onde dói, isto é, nas fontes de transmissão ilegal, não em quem assiste. A ideia é criar e actualizar uma lista de sites espelhados para os hackers, com a possibilidade não apenas de bloqueá-los, mas também de puni-los.

Nesse contexto, a meta não seria apanhar os utilizadores / consumidores de fluxos ilegais, mas sim os seus fornecedores.
O streaming de canais em IPTV tem sido algo que está em crescendo na Europa, principalmente nos países mais desenvolvidos, como Espanha, França, Alemanha, Holanda, Reino Unido e Portugal, onde a quota tem crescido a um ritmo assustador.


A titulo de exemplo, segundo a Associação contra a pirataria audiovisual Francesa, haverá naquele país, cerca de 1,8 milhões de utilizadores que pagam por esse serviço (ilegal) todos os meses, e estima-se que mais de 15 milhões de utilizadores europeus utilizem esse tipo de serviço.

Alem de defraudar os mais diversos canais televisivos pelo não pagamento das diversas assinaturas, defrauda as maquinas estatais, que vê assim fugir milhões de euros em impostos para o chamado mercado paralelo.

 

FONTE

Joel Pinto

Fundador do Noticias e Tecnologia, e este foi o seu segundo projeto online, depois de vários anos ligado a um portal voltado para o sistema Android, onde também foi um dos seus fundadores.