Análise Hisense Infinity H12: um telefone de gama média

Análise Hisense Infinity H12: um telefone de gama média

15 Outubro, 2018 0 Por Joel Pinto

Para muitos de vós, a Hisense é uma marca ainda desconhecida, mas ficam a saber que já está a operar no mercado nacional há algum tempo, e parece ter chegado com condições para fortalecer no mercado.

No início do ano, a empresa ampliou a sua linha de smartphones com o lançamento da séries H11. Mas o nosso assunto de hoje é o seu sucessor, e estamos a falar do Hisense Infinity H12, um smartphone de gama média, focado em fornecer uma excelente experiência visual sem nunca se esquecer do desempenho.

Design, ecrã e qualidade de construção

O Hisense Infinity H12 é definitivamente um dos mais confortáveis ​​smartphones com mais de 6 polegadas que já usei, graças às suas margens arredondadas. O ecrã possui cantos também arredondados, apesar de não possuir uma curva de 2.5D. A sua resolução HD+, com 720x1500 pixeis é a normal nesta gama de equipamentos.Infelizmente, não temos qualquer LED de notificação ou recurso do estilo “always on” para nos mostrar as notificações perdidas, por isso teremos que ativar constantemente o ecrã para verificar. Na parte superior do smartphone temos o famoso notch, que conta com a câmara frontal e os restantes sensores, enquanto na parte de baixo, não temos nada a apontar.

O telefone usa um corpo de alumínio, que é impressionante, considerando que geralmente vemos esse material reservado para telefones mais caros. Os cantos também são arredondados, combinando a forma do ecrã. A parte de trás é de vidro, com o respetivo sensor de impressão digital, que o torna num equipamento com um belo design. A cor do equipamento ajuda a disfarçar a impressões digitais que ficam no vidro traseiro, mas essa é uma situação que acontece em qualquer smartphone com acabamento em vidro.

Os botões de energia e de volume são sólidos e de boa construção. Na parte lateral esquerda, temos as slots para dois cartões Nano-SIM e um cartão microSD. O primeiro slot acomoda um Nano-SIM ou um cartão microSD enquanto o segundo é para um segundo SIM, alem disso, logo abaixo da slot, tem uma smartbotton, que alterna entre as duas ultimas aplicações usadas. Na parte de baixo temos uma uma porta USB do tipo C e um altifalante mono.

Temos o reconhecimento facial, que funciona relativamente bem, e de forma muito rápida, mesmo em condições de pouca luz. Por padrão, o reconhecimento de rosto funciona bem, tudo o que precisamos de fazer é levantar o telefone para frente do rosto e ele será desbloqueado automaticamente.

No geral, o Infinity H12 é um dispositivo de boa aparência, principalmente graças ao seu ecrã IPS. Está bem construído, sente-se que é muito robusto e tem um design ergonómico.

Especificações e características

O Infinity H12 não é um smartphone particularmente poderoso, ele conta com o modesto Snapdragon 450 da Qualcomm . Este é um SoC de 64 bits com oito núcleos ARM Cortex-A53 com o clock máximo de 1.8GHz. Em termos de gráficos, temos um GPU integrado Adreno 506. Os números de referência são medianos, e atingiu 70759 pontos no AnTuTu, e no Geekbench consegue obter 735 pontos no teste de single core, e 2954 em multi-core.

Outras especificações incluem 4GB de RAM, 32GB de armazenamento, Bluetooth 4.2, Wi-Fi b / g / n, USB-OTG, rádio FM e 4G. Ele corre o Android 8.1 Oreo, com o patch de segurança referente a 5 de julho de 2018 (no momento desta analise).

Os botões de navegação na parte inferior do ecrã podem ser personalizados e reordenados, e oculta-los quando não está a ser usados.

As aplicações presentes no equipamento, são praticamente aquelas que vêm na versão "stock" do Android Oreo, e com algum bloatware desnecessário e que só ocupa espaço. E estou a falar de aplicações como o Asphalt Nitro, Homem Aranha ultimate, Puzzle Pets, Real Football, Reino Disney e o Sonic Runners. São jogos que quer gostemos deles ou não, temos que "levar" com eles, e oficialmente não os conseguimos eliminar.

O menu de Configurações é praticamente o existente no Android Puro, que a meu ver é o melhor.

Câmaras e autonomia

Apesar dos “baixos números” de benchmark, o Infinity H12 lida muito bem com as tarefas básicas. Encontramos uma interface suave e sem lag nas animações. A multitarefa é tratada surpreendentemente bem e as aplicações carregam rapidamente. O telefone não aquece com o uso regular, mas as molduras ficam um pouco quentes durante os jogos mais pesados. O Infinity H12 também faz um trabalho digno na maioria dos jogos 3D. Jogos como Xenowerk funcionam bem, mas os mais pesados, como o Asphalt 9, o seu desempenho fica um pouco longe de ser o melhor. Joguei o PUBG Mobile durante mais de 2 horas, sem qualquer tipo de problema.

O ecrã do H12 apresenta uma boa reprodução de multimédia, mas é um pouco reflexiva. No entanto o o brilho é bom e as cores estão bem saturadas. O altifalante fica suficientemente alto em jogos e reprodução multimédia, mas, como está colocado na parte debaixo, quando jogamos com o telefone na mão, é natural que os nosso dedos acabem por tapar o mesmo.

A dupla câmara traseira de 12 + 5 megapixeis captura níveis decentes de detalhes em paisagens e macros. As cores estão bem representadas e a focagem é bastante rápida. A Câmara é rápida a focar, no entanto, as margens em torno dos objetos fotografados em close-ups e em paisagens, ficam com algum ruído de compressão. O H12 faz um trabalho decentemente bom em condições de pouca luz, com muito pouco ruído e alguns detalhes.

A qualidade do vídeo gravado é boa, mas a resolução está limitada a 1080p a 30fps. Uma alternância de “gravação estável” nas configurações ajuda muito a estabilizar imagens. A câmara frontal de 16 megapixeis produz selfies interessantes.

A aplicação da câmara é simples e intuitiva. Todos os botões e alternadores estão onde esperamos que estivessem.

A bateria de 3500mAh é um dos pontos fortes deste equipamento. Ele dura facilmente um dia inteiro com uso intensivo, e nem a reprodução continua de vídeo parece ser um problema. No teste de de vídeo em HD, e em streaming no Netflix, um vídeo de 90 minutos com o ecrã com brilho no máximo, consumiu 17% de bateria. Que é um excelente numero, tendo em consideração que estávamos com o ecrã com o brilho no máximo.

Mais preocupante na bateria, é o facto de não possuir qualquer tipo de carregamento rápido, pelo que a opção de carregar a bateria do equipamento quando vamos dormir, é a melhor opção.

Veredito Final Hisense Infinity H12

A relação de aspeto é uma grande tendência de 2018, e o Hisense Infinity H12 parece um equipamento super atualizado, mesmo tendo em conta o seu preço. Aparenta ser um equipamento que se manterá com aspeto atual durante algum tempo, e apesar de não ser o smartphone mais poderoso da sua classe, e uma excelente escolha.

O Hisense Infinity H12 destaca-se pela sua conceção, ecrã e bateria. O seu processador intermediário, não limita o desempenho em jogos e aplicações um pouco exigentes. A dupla câmara traseira é decente, e a câmara frontal faz igualmente um bom trabalho.

A duração da bateria é realmente muito boa para um equipamento de gama média, apesar de estar longe de ser impressionante. A falta do carregamento rápido, em pleno 2018, é incompreensível, mas não é nada de preocupante.

O seu maior defeito é a falta de um led de notificação, ou de algo que faça esse papel. Outro ponto menos positivo, é o facto de o sistema ainda não estar totalmente adaptado ao notch, e este "esconder" muitas vezes algumas notificações, apesar de podermos ocultar o notch através do sistema. Mas essa é uma questão de software, que é facilmente resolvida.

Depois de utilizar o Hisense Infinity H12 durante mais de 2 semanas, é-me fácil afirmar que estamos perante um excelente equipamento de gama média, que responde eficazmente a todas as solicitações. Um equipamento a ter em consideração quando quiser trocar o seu.

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Joel Pinto

Fundador do Noticias e Tecnologia, e este foi o seu segundo projeto online, depois de vários anos ligado a um portal voltado para o sistema Android, onde também foi um dos seus fundadores.