Google exige cláusulas para uso de IA em anúncios políticos
9 Setembro, 2023Anúncios políticos geridos pela Google em breve terão de indicar claramente se foi utilizada uma ferramenta de inteligência artificial na sua conceção. Pelo menos é isso que anuncia o grupo.
Esta decisão da Google ocorre no momento em que o rápido desenvolvimento da Inteligência Artificial gera receios sobre o seu potencial uso indevido, especialmente na campanha para as eleições presidenciais americanas de 2024.
A Google vende espaço publicitário nos seus próprios sites, e aplicações, e atua como intermediário entre anunciantes que desejam colocar os seus anúncios online e sites ou aplicações de terceiros que os exibem. A empresa já proíbe, nos anúncios que gere através das suas plataformas, a manipulação de conteúdos digitais destinados a induzir em erro sobre temas políticos, e anúncios que contenham falsas alegações que possam minar a confiança no sistema eleitoral.
A partir de novembro, os anúncios políticos terão que indicar claramente se contêm conteúdo criado artificialmente que retrate pessoas ou eventos reais ou aparentemente reais. O grupo especifica que continuará a investir para poder detetar, e eliminar, melhor estes elementos.
Google com receio do conteúdo gerado pela inteligência artificial
O aviso deve ser claro e claramente visível, alerta a Google, incluindo exemplos de possíveis avisos: “esta imagem não mostra um acontecimento real” ou “este vídeo foi gerado artificialmente”.
“Devido ao uso cada vez maior de ferramentas que geram conteúdo artificial, estamos a expandir a nossa política, exigindo que os anunciantes divulguem quando os seus anúncios eleitorais incluem elementos que foram criados ou modificados digitalmente”, disse a Google.
Joel Pinto
Fundador do Noticias e Tecnologia, e este foi o seu segundo projeto online, depois de vários anos ligado a um portal voltado para o sistema Android, onde também foi um dos seus fundadores.