Facebook concorda em alterar os seus métodos de segmentação de publicidade

A Meta, a empresa controladora do Facebook, concordou em mudar os seus métodos de segmentação de publicidade, e pagar 115.054 dólares em multas para encerrar um processo do governo dos EUA. Este último acusou o Facebook de facilitar a discriminação racial e de género.

Segundo o governo dos EUA, as tecnologias de redes sociais permitiram que os anunciantes escolhessem quem poderia ver os seus anúncios, com base em género, cor da pele, origem social, religião, status familiar ou deficiência.

“É um acordo histórico bem-vindo” diz Kristen Clarke, oficial de direitos civis do Departamento de Justiça. “Esta é a primeira vez que a Meta encerrará uma das suas ferramentas de segmentação algorítmica e mudará os seus algoritmos para anúncios de habitação após acções judiciais de direitos civis”, acrescentou.

O acordo alcançado nesta semana, após um ano de negociações, ainda precisa de ser aprovado por um tribunal. Prevê que a gigante das redes sociais modifique o seu sistema de segmentação para anúncios de habitação.

O Departamento de Habitação e Planeamento Urbano dos EUA entrou com uma acção contra o Facebook em Março de 2019, alegando que as empresas usaram as ferramentas da plataforma para excluir pessoas categorizadas como parentes, não nascidas nos Estados Unidos, não cristãs, interessadas em acesso para deficientes, cultura hispânica, ou uma ampla gama de outros interesses.

Meta faz mudanças nos seus métodos de segmentação de publicidade

A Meta, por sua vez, explicou que está a trabalhar num método que deve garantir que os utilizadores que veem esses anúncios de publicidade, mas também os de empregos ou créditos, “correspondam melhor aos públicos-alvo e elegíveis para essas ofertas”.

Roy Austin, vice-presidente do grupo responsável pelos direitos civis, lembrou que a empresa, segunda maior empresa de publicidade digital do mundo (atrás do Google), já havia mudado as suas práticas após a denúncia de 2019.

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