Análise Samsung Galaxy M21: Gama média com autonomia de gigante
8 Junho, 2020Depois de já ter testado muitos dispositivos da Samsung, das séries Galaxy S, Galaxy A e Galaxy Note, chegou o momento de testar um telefone da série Galaxy M, e o primeiro é o Galaxy M21. A nota de maior destaque? A sua autonomia. Mas já lá vamos.
O que poderão conhecer nesta análise?
Design e Ecrã
Este Galaxy M21 tem o ADN da Samsung. Assim que o tiramos da caixa, facilmente identificamos que é um dispositivo da Sul Coreana, e isso demonstra bem o trabalho que a empresa tem, em atribuir o seu ADN a cada um dos seus equipamento, apesar das diferenças de design entre cada modelo.
Trata-se de um smartphone com um ecrã AMOLED de 6,4 polegadas com a resolução FullHD+, e que é protegido pelo Corning Gorila Glass 3. Como sempre, a Samsung é eximia a fabricar os seus próprios ecrãs, e neste equipamento também não falha.
Apesar de não ser um ecrã excecionalmente brilhante, não tive qualquer problema em utilizar este Galaxy M21 sob luz solar direta. As margens em torno do mesmo não são pequenas, apesar de a margem inferior, que habitualmente chamamos de queixo, ser substancialmente maior do que todas as outras. Ainda assim, o ecrã ocupa 84,2% da frente do equipamento, e esse valor não é superior por causa do entalhe onde está alojada a câmara frontal, que é um entalhe em forma de gota de água, que a Samsung chama de Infinity U.
O pior está na parte de trás do dispositivo, já que ele tem um acabamento em plástico que me soa a muito frágil e “barato”, e classifico-o de barato porque alem de não me parecer resistente, e com alguma falta de dureza, é um verdadeiro íman para as impressões digitais. E já que falamos em impressões digitais, é na parte traseira que o M21 tem o sensor de impressões digitais, e um pouco mais acima, encostado à esquerda, temos um frame com 3 sensores fotográficos que são acompanhados por um flash Led.
Do lado direito do Galaxy M21 temos o botão power e os botões de volume, na esquerda temos a gaveta para os cartões enquanto na parte superior temos apenas um microfone. No entanto, na parte inferior temos uma porta de 3,5mm para os fones de ouvido, uma porta USB do Tipo C e um altifalante.
Desempenho e Software
Quando se trata de desempenho, o Galaxy M21 consegue entregar aquilo que um telefone de gama média habitualmente entrega. O Exynos 9611 não é um cavalo de corridas, e não é voltado para jogadores hardcore, mas durante os meus testes fiquei com a certeza que é adequado para uso diário leve e moderado.
Jogos como o PUBG são jogáveis, mas o desempenho é um pouco sofrível, mesmo em configurações mais baixas. O Fortnite e o Call of Duty Mobile, desisti de tentar jogar ao fim de 5 minutos em cada um deles.
A unidade que recebi para testes conta com 4GB de RAM LPDDR4x, e 64GB de armazenamento interno UFS2.1, mas não é por essa combinação que esses jogos mais pesados, apesar de serem executados não são jogáveis. É mesmo por causa deste chip que não consegue dar a resposta adequada. Ele tem um processador Octa-Core com 4 núcleos Cortex-A73 que operam no máximo a 2,3GHz, e 4 núcleos Cortex-A53 que operam no máximo a 1,7GHz. Já o seu GPU é o Mali-G72 MP3.
No entanto, outros jogos menos exigentes, são executadas na perfeição, como por exemplo o Candy Crush, Clash of Clans e muitos outros. E como já é um habito nas minhas análises, deixo aqui os resultados dos testes da plataforma de Benchmark, Antutu, do Galaxy M21:
Em relação ao software, já estou “cansado” de falar da One UI 2.0, que é baseada no Android 10. Eu sou grande fã do Android Puro, mas como sabemos não é fácil ter um equipamento com o Android sem ser modificado, e entre os modificados, a One UI é a minha preferida. Trata-se de uma interface extremamente bem projetada, e neste equipamento responde de forma rápida e fluída.
No momento em que me encontro a escrever esta análise, o Galaxy M21 está com o patch de segurança referente ao mês de Fevereiro de 2020… e estamos em Junho de 2020. São 4 meses sem actualizações de segurança.
Fotografia
Tal como já tinha revelado anteriormente, o Samsung Galaxy M21 conta com três sensores fotográficos na parte traseira. O sensor principal conta com 48MP e é acompanhada por um sensor grande angular de 8MP e um sensor de profundidade de 5MP.
Em boas condições de iluminação, o Galaxy M21 tira fotos detalhadas e muito interessantes. Se comparado por exemplo com o Galaxy A50, não noto assim tantas diferenças.
As fotos com efeito bokeh parecem-me muito interessantes, até confesso que mais do que estava há espera. O sensor grande angular pode ser usado para capturar paisagens mais amplas, desde que tenha a iluminação adequada, em condições de pouca luz a situação fica complicada. Alias, nos três sensores, em condições com fracas condições de iluminação, a qualidade deteriora-se significativamente… E acreditem que muito. Apesar de contar com um modo nocturno, nota-se bem que os sensores têm grandes dificuldades em se concentrar no foco.
Já a na frente, temos um sensor de 20MP, que faz um trabalho decente, e dentro do que a Samsung nos tem habituado nos smartphones de gama média. Não cria filtros em demasia, e tira selfies suficientemente boas para usar nas redes sociais.
Autonomia
Este é provavelmente o ponto mais forte deste equipamento. São 6000mAh com suporte para o carregamento rápido de 15W. E quando classifiquei o carregamento como sendo rápido, estava a ser simpático, já que de rápido não tem nada. Dos 5% aos 100% são precisos sensivelmente 2 horas e meia. Dos 15 aos 100%, foram precisos 2 horas e 11 minutos… rápido não é?
No entanto, mesmo que seja um dos utilizadores que trabalha muito com o smartphone, deve conseguir 2 dias de carga. Sim, mesmo nos dias em que usei mais intensamente, consegui quase 2 dias completos de autonomia, que a meu ver é excelente.
Veredicto Final Samsung Galaxy M21
O Galaxy M21 é um smartphone inteligentemente projetado pela Samsung. Ter um ecrã e qualidade superior, com uma excelente autonomia, é primeiro passo para um telefone ter sucesso. Em termos de desempenho este smartphone também não irá deixar ninguém para trás. Se é um jogador ocasional e/ou gosta de jogos simples, este equipamento é adequado para si. Se é muito exigente em termos de jogo, a minha sugestão é que se mantenha afastado do M21, já que ele não vai satisfazer as suas necessidades.
O facto dele possuir um slot dedicado para o cartão MicroSD é uma boa noticia, já que poderá expandir o armazenamento interno sem ter de sacrificar um cartão de operador.
A fotografia é interessante, os sensores não fazem milagres, mas de um modo geral correspondem às expectativas para um equipamento desta gama.
O ponto que considero negativo, é mesmo o seu carregamento. 2 horas e meia para carregar uma bateria parece-me demasiado. A verdade é que a Samsung equipou este telefone com uma unidade de 6000mAh, mas podia (e devia) ser um pouco mais generoso no carregamento.. e um carregador de 20W iria permitir um carregamento total em menos de 2 horas. Pode parecer que a diferença é pouca, mas em situações de urgência, é significativo.
No geral este Galaxy M21 é um smartphone interessante, e que foi muito bem projetado pela Samsung.
Joel Pinto
Fundador do Noticias e Tecnologia, e este foi o seu segundo projeto online, depois de vários anos ligado a um portal voltado para o sistema Android, onde também foi um dos seus fundadores.