Análise MediEvil: Simples e divertido

25 Outubro, 2019 0 Por Joel Pinto

Confesso que MediEvil era um dos jogos que mais aguardava para este final de ano. Um exclusivo para a PlayStation 4 que nos leva de volta a 1998. Sim, este é um remake do jogo original, e isso só por si já prometia diversão ao mais alto nível. A verdade é que se jogou o jogo original (de 1998) vai-se ambientar muito facilmente ao novo titulo, já que ele é muito fiel ao jogo da primeira Playstation.

Quando o jogo me foi disponibilizado, foi quase nostálgico, e tive uma verdadeira viagem ao passado. Quase 20 anos depois voltava a jogar “o mesmo jogo”, mas com uma qualidade significativamente superior. Em pleno fim de 2019 não é fácil encontrar bons jogos de plataformas e acção em 3D, que antigamente era disponibilizados com alguma frequência, como o Earthworm Jim e o MediEvil. Por isso, este remake vem preencher um pouco a falta desses jogos.

Análise MediEvil

Análise MediEvil: História

Para quem não conhece, em MediEvil assumimos o controlo de Daniel Fortesque (Sir Dan), um ex-campeão, infelizmente morto pela primeira flecha, da primeira batalha, na guerra contra o necromante maligno Zarok. Posteriormente ressuscitado por Zarok como um subproduto do feiticeiro que levanta um exército de mortos, cabe-nos, mais uma vez atacar o inimigo.
Tudo o que vem a seguir é uma aventura cómicamente assustadora, típica dos anos 90. Sir Dan pode ser equipado com duas armas, sejam elas uma espada, taco, machado, besta, flecha, facas de arremesso ou vários instrumentos úteis. Algumas armas são causadoras de danos directos, mas outras, podem ser usadas apenas para interagir com o meio ambiente, por exemplo, para atravessar paredes. Há uma boa quantidade de combates, mas a grande parte resume-se a pressionar o botão de ataque, e ocasionalmente, pressionar o botão de círculo para executar o ataque secundário.

As lutas contra os Boss têm vários níveis de dificuldade, mas nenhuma deles é muito exigente, e geralmente exigem que elabore um mecanismo de vitória específico, e que o execute até o mesmo morrer. Não é injusto dizer que este remake foi fiel ao jogo original, e com ele vieram os “defeitos” com 20 anos, desde logo a jogabilidade e a falta de controlo. Morri muitas vezes perto do final de alguns níveis, e fui levado de volta ao inicio do mesmo, porque não existem um ponto de gravação intermédio. Isso não é um defeito, é um feitio, uma característica, de um jogo de 1998, mas que não deixa de ser frustrante e antiquado, especialmente porque perdemos todo o progresso, incluindo os segredos encontrados.
A progressão geralmente é realizada pelo método antigo de chaves coloridas, que geralmente não são encontradas longe da porta trancada, que elas próprias abrem, embora tenhamos que fazer algo diferente para fazê-las superar uma armadilha, ou simplesmente resolver um quebra-cabeças. Cada nível também esconde um cálice, que é “preenchido” pela morte de inimigos, e que, uma vez encontrado, permite a entrada de Sir Dan no Salão dos Heróis, onde outros guerreiros lendários nos dão novas armas melhoradas, novos equipamentos ou frascos de saúde.

Análise MediEvil: Jogabilidade

Este é um jogo relativamente fácil de controlar para quem está habituado e jogar, embora às vezes pareça um pouco solto e super sensível. Os jogadores menos habituados ao Dual-Shock podem sentir alguma dificuldade em adaptar-se à jogabilidade do jogo, mas com o passar do tempo essas dificuldades são dissipadas. Quem nunca jogou ao jogo original, não terá qualquer dificuldade em perceber este remake, mas existem alguns sistemas antigos que precisam de ser compreendidos. Nada que meia hora de jogo não resolva. Apesar disso, é um jogo realmente muito divertido e às vezes absolutamente maravilhoso, com um estilo caricatural sombrio e colorido.

Já passaram 20 anos, e não me consigo lembrar de todos os detalhes do jogo original, mas parece-me que a câmara deste novo MediEvil foi revista, só não consigo perceber se para melhor ou pior. O facto de agora jogar num ecrã significativamente maior, com uma qualidade gráfica incomparável e num comando diferente, podia-me induzir em erro, mas gostei do modo como ela está posicionada.

Veredicto Final

Se jogou ao jogo original e imaginou uma viagem no tempo, vale a pena jogar ao Remake. O MediEvil é um clássico consagrado, e é aqui apresentado com uma nova aparência brilhante e uma sensação confortavelmente familiar, feita com amor, atenção e dedicação suficiente para ressuscitar todos os fãs jogos.

Se tal como eu adora jogos de plataformas e acção em 3D não pode perder este jogo. Aproveito de o Halloween estar mesmo a chegar, junte-se com a família em frente à televisão, e divirtam-se com o jogo.

O jogo está disponível desde hoje para a PlayStation 4. E para realizar esta análise, o MediEvil foi-nos gentilmente disponibilizado, de forma atempada, pela PlayStation Portugal.

Joel Pinto

Fundador do Noticias e Tecnologia, e este foi o seu segundo projeto online, depois de vários anos ligado a um portal voltado para o sistema Android, onde também foi um dos seus fundadores.