Análise Horizon Forbidden West: De tirar o folgo
17 Fevereiro, 2022Amanha, dia 18 de Fevereiro de 2022, é um dia muito esperado por muitos jogadores da PlayStation, que estão ansiosos por poder jogar o Horizon Forbidden West, o jogo da Guerrilla Games, que ficará disponível para a PlayStation 4 e PlayStation 5.
Já estou há alguns dias a jogar ao mesmo na PlayStation 5, e hoje chegou o momento de fazer a nossa análise para o jogo, e resumidamente, ele é simplesmente brutal. Depois de ser criada como uma pária pela sua própria tribo, a protagonista do jogo, Nora Aloy, logo se viu envolvida num caso perigoso e intrigante, envolvendo a extinção da raça humana por uma inteligência artificial chamada Hades. Enquanto ela saiu vitoriosa na batalha épica final em Horizon Zero Dawn, a última cena desse jogo sugeria que Sylens, um “aliado” bastante familiarizado com as tecnologias do velho mundo, a havia traído depois de guiá-la para Hades.
Em Horizon Forbidden West, ficamos a saber que ele finalmente recuperou o programa de IA para um propósito talvez não totalmente benevolente. A história, portanto, começa 6 meses depois da Zero Down, enquanto Aloy ainda procura uma forma eficaz de reviver Gaia, o sistema de terraformação na origem do seu nascimento, e a única entidade capaz de gerir Hades, e os seus desejos destrutivos. Uma missão gloriosa que o levará à beira do perigoso Oeste Proibido.
Dizer que este é um novo jogo, pode não ser algo 100% correcto, mas uma coisa é certa, ele conta com um novo mapa. Depois de descobrir o centro-oeste dos Estados Unidos de alto a baixo, vamos cruzar a costa (entre outros lugares), que também é repleta de paisagens de tirar o fôlego, particularmente embelezadas pelos gráficos do jogo. Redescobrir cidades como Las Vegas, para citar apenas uma, sob uma nova luz, atormentada pela passagem do tempo e pela natureza rebelde… é realmente fascinante.
É aqui que vemos o excelente trabalho da Guerrilla Games, que nos oferece um mundo colorido, ultra-detalhado, preciso e muito representativo da diversidade das paisagens do país. Está tudo muito bem embrulhado em gráficos que superam a grande maioria dos mundos abertos jogáveis até o momento, e atendem às minhas melhores expectativas. Isso é especialmente verdadeiro para as impressões de altura, e profundidade, que o Horizon Forbidden West nos oferece, já que nos fazem apreciar mais as subidas íngremes das montanhas.
O seu fotorrealismo é levado ao máximo, e serve também para nos fazer reconhecer alguns dos nossos lugares modernos, habilmente espalhados pelo mapa e que nos lembram que tudo é efémero, tal como no primeiro jogo. Mas o mundo não se contenta em ser sublime: para viver a aventura, precisará de atravessá-la longa, larga e transversalmente, e para isso várias opções estão à nossa disposição.
Basta dizer que em termos de tamanho, temos um longo caminho a percorrer, então tem que adaptar o seu ritmo segundo o seu perfil: viagens rápidas para os impacientes, nas costas de um corredor para quem gosta para ver o país, ou mesmo a pé para quem prefere colher ervas no caminho.
Alem disso, este jogo conta com algo nunca antes visto nesta saga, que é a natação subaquática. Visualmente, esperava um pouco melhor do estúdio, principalmente ao olhar para a superfície da água, que às vezes parece que estamos a ver uma versão ainda inacabada do jogo. Mas acredito que isso será resolvido no próximo patch do jogo, e em nada estraga a experiência do jogo.
Para nos ajudar a explorar cada canto do Oeste Proibido, a Guerrilla Games oferece algumas novas ferramentas, mais ou menos agradáveis de usar. Primeiro, temos uma função de garra, e permite que nos possamos agarrar a certos lugares inacessíveis, mas também para puxar, ou empurrar, certos objectos que podem ser manuseados.
Achei extremamente útil durante algumas missões, mas depois useri muito pouco durante a exploração livre, não sendo a forma mais intuitiva de atingir o nosso objectivo. Outra nova ferramenta é o planador-escudo. Visto durante os trailers, este permite que paire quando estiver no alto, o que pode facilmente economizar alguns minutos de descida trabalhosa, mesmo que o dano da queda seja bastante limitado.
Finalmente, em Horizon Forbidden West também tem a possibilidade de explorar o fundo do mar graças a uma ferramenta que podemos obter durante a aventura. Mais do que a simples utilidade de se esconder de certos inimigos, esta possibilidade oferece mais dimensão à exploração, e diversifica um pouco a aventura ao introduzir certas máquinas anfíbias além dos scuttlers.
Todas essas novas ferramentas são adoráveis, o jogo quase nunca nos obriga a utiliza-las, excepto durante missões importantes. Como sempre, temos múltiplas possibilidades à nossa disposição para se locomover, ou atingir o objectivo, o que é bom para a liberdade de exploração, e que tornar este um dos melhores jogos de mundo aberto.
Não me queria alongar muito nesta análise, já que não quero entrar em Spoilers, e tudo o que possa falar daqui para a frente, poderá ser de partes do jogo, que prefiro não revelar.
Veredicto Final Horizon Forbidden West
Depois de uma primeira história onde Aloy protagoniza um dos melhores jogos de sempre na PlayStation, o Horizon Zero Dawn, era difícil imaginar que este Horizon Forbidden West o conseguisse superar, e confesso que não ficarei surpreendido se ele for nomeado para o jogo do ano, nos The Games Awards.
A verdade é que a Guerrilla Games não deixou nada de fora: pelo contrário, o estúdio limitou-se a adicionar novos recursos, que melhoram ainda mais a jogabilidade da franquia, que já era das melhores (senão a melhor da PlayStation). Em termos de história, e por incrível que possa parecer, Forbidden West excede o Zero Dawn, e isso é uma vitória unânime para a equipa da Guerrilla, que demonstrou mais uma vez o poderio dos PlayStation Studios.
Obviamente o jogo ainda tem alguns detalhes que precisam de ser limados, aqui e ali, mas nenhum desses detalhes estraga, ou interfere, na excelente experiência que o jogo nos oferece. Como tal, não podia deixar de dar a nossa nota mais alta a este Horizon Forbidden West:
A cópia do jogo (para a PlayStation 5) foi-nos gentilmente cedida pela PlayStation Portugal.
Joel Pinto
Fundador do Noticias e Tecnologia, e este foi o seu segundo projeto online, depois de vários anos ligado a um portal voltado para o sistema Android, onde também foi um dos seus fundadores.