Análise Asus ROG Phone 3: Poderoso e com som brilhante

Análise Asus ROG Phone 3: Poderoso e com som brilhante

13 Dezembro, 2020 0 Por Joel Pinto

Depois de no passado mês de Junho termos deixado aqui a nossa análise ao ROG Phone 2, eis que finalmente chegou o mesmo de disponibilizar a análise ao seu sucessor, o ROG Phone 3.

Design e Ecrã

Em termos de design pouco, ou nada, mudou se comparado com o seu antecessor, no entanto, isso não impediu a Asus de melhorar aquilo que realmente já era bom. Enquanto outras fabricantes oferecem ecrãs que ocupam quase toda a frente do smartphone, este ROG Phone 3 ainda tem margens significativas na parte superior e inferior, o que permite disponibilizar bons altifalantes estéreo.

Ele conta com uma estrutura de metal e com acabamento traseiro em vidro com um estilo mais subtil. Os três sensores fotográficos acompanhados por um flash LED estão na metade superior, enquanto o logotipo da ROG com iluminação RGB está no centro.

Asus ROG Phone 3

A cor da luz RGB pode ser personalizada com base nas necessidades de cada um. Ao lado do logotipo, há uma pequena saída de calor e um dissipador de calor para dissipar o calor durante as sessões intensivas de jogos.

Uma das adições exclusivas vem na forma de botões ultrassônicos sensíveis à pressão “Air Triggers” no quadro direito, que podem ser configurados para jogos diferentes. Por exemplo, no PUBG Mobile , o gatilho inferior pode ser usado para disparar uma bala, saltar, ou até mesmo recarregar.

Outro fator de diferenciação do ROG Phone 3 é que ele vem com duas portas USB Type-C – uma na parte inferior e outra no lado esquerdo. É uma implementação inteligente, já que quando a bateria está fraca e deseja carregar o telefone enquanto joga, torna-se desconfortável jogar, especialmente para jogos no modo paisagem.

A porta lateral é útil em momentos em que não interfere durante os jogos. Existem algumas outras coisas sobre a porta lateral também. A primeira coisa é que ele suporta velocidades de carregamento regulares e a outra é que pode ligar o acessório de ventoinha “Aero Active” a ele. Este acessório não só ajuda a baixar a temperatura do equipamento, mas também conta com duas portas – uma para adicionar um fone de ouvido de 3,5 mm e a outra uma porta USB Tipo C para carregar.

Em relação ao seu ecrã, trata-se de um painel com a proporção 19,5:9 AMOLED com 6,59 polegadas e com a resolução FullHD+ com 2340 x 1080 pixeis. Este ecrã protegido pelo Corning Gorilla Glass 6 conta com uma taxa de refrescamento de 144 Hz e com tempo de resposta de 1ms. Ele tem suporte para o HDR e como sempre, é um excelente ecrã. Sob forte luz solar não temos qualquer dificuldades de visualização, e a reprodução das cores é precisa. Os seus níveis de contraste são nítidos, portanto, imagens, vídeos e jogos parecem maravilhosamente naturais.

Desempenho e Software

Se há algo onde poucos telefones conseguem ser tão bons como este ROG Phone 3, é no seu desempenho. Estamos a falar de um smartphone para jogos que está equipado com o Qualcomm Snapdragon 865+ com uma velocidade de clock de pico de 3,1 GHz, tornando-o num dos smartphone mais rápidos do mercado. A unidade que recebemos para teste conta com 12GB de RAM LPDDR5 e 512 GB de armazenamento interno UFS 3.1. Ou seja, não há nada que faça com que este telefone fique lento, e a prova disso é o resultado no teste do Antutu:

A interface de utilizador ROG, que é baseada no sistema operativo Android 10 é muito bem otimizada para garantir um funcionamento suave.

Em relação ao desempenho nos jogos mais pesados, que é onde poderia ser sentido mais alguma dificuldade, testei exaustivamente o telefone no PUBG Mobile, Asphalt 9: Legends e com o Fortnite. Em primeiro lugar, todos esses jogos executaram de forma suave e sem qualquer soluço. Mas nem todos suportam uma taxa de refrescamento de 144Hz. Existe uma barra de ferramentas que pode ativar nas configurações do Game Genie que conta a taxa de frames, carga da CPU e GPU, temperatura e bateria em tempo real.

Por exemplo, no PUBG Mobile e no Asphalt 9 Legends consegui jogar no máximo a 60fps, enquanto que no Fornite consegui chegar aos 90fps, mas não mais do que isso.

Embora a experiência de jogo tenha sido ótima, a parte de trás do ROG Phone 3 fica um pouco quente depois de uma sessão intensiva de jogo, por exemplo, de uma hora, havendo alturas que estava nos 44 graus. Não é uma temperatura excessiva, e muito menos preocupante, mas sente-se nas mãos. 2 ou 3 minutos depois de parar com os jogos, a temperatura volta para os níveis normais.

O Som estéreo do ROG Phone 3 é algo verdadeiramente maravilhoso

O ROG Phone 3 também oferece um bom feedback tátil durante os jogos, o que torna a experiência ainda mais envolvente. Assim, por exemplo, no Asphalt 9 temos um forte feedback de vibração quando atinge um nitro perfeito e também quando batemos em outros veículos. Complementando os haptics está o áudio alto com graves fortes dos altifalantes estéreo, que é algo muito (mas mesmo muito) interessante. É a experiência de áudio mais alta e envolvente que já experimentei num smartphone. Alem disso, esse som também é obtido quando estamos a assistir a um filme, ou série, da Netflix ou de qualquer outra plataforma de streaming. E se há palavra para descrever o áudio do ROG Phone 3 é: Brutal.

Câmara

Esta secção é o elo mais fraco deste ROG Phone 3, não que seja má, longe disso, mas não é mais do que medíocre. Ele conta com um sistema de tripla câmara traseira, em que o seu sensor principal é um Sony IMX686, com 64MP e abertura f/1.8. É combinado com um sensor ultra-grande angular de 13MP com abertura f/2.4 e uma lente macro de 5MP.  Já na parte frontal temo um sensor de 24 MP com abertura f/2.0.

ROG Phone 3

Uma área em que os telefones para jogos sempre sofreram foi neste departamento, e o ROG Phone 3 infelizmente não é uma exceção a essa regra. A qualidade da fotografia é, na melhor das hipóteses, média. A Asus pode fazer algumas melhorias e ajustar as configurações com futuras atualizações de software, mas para obter o máximo destes sensores, a empresa vai necessitar de se concentrar no IA e nos algoritmos de pós-processamento. Esse é o ingrediente utilizado pelos gigantes nesta área, como a Huawei, a Samsung e mais recentemente a Xiaomi.

Durante os meus teste tirei algumas fotos em tempo ensolarado e nublado. Tanto as fotos grandes como as ultra amplas têm um tom levemente quente e os seus detalhes não são realmente nítidos. As fotos no modo retrato estão abaixo da média para um telefone de topo, e são dignas de um smartphone de gama média, apesar de já ter testado telefones de gama média com melhor qualidade fotográfica. Há muita suavização da pele que a IA, e o processamento tentam fazer, oferecendo resultados medíocres.

Em condições de pouca luz, a qualidade (se assim se pode chamar) fica longe daquela que era esperada. Existe o modo noturno que tira várias fotos em diferentes níveis de exposição, e as fotos neste modo são bastante úteis.

Em contrapartida, a câmara frontal tem qualidade muito interessante. Ele suaviza bastante a pele e ilumina o tom da pele, especialmente no modo retrato, mas oferece bons detalhes.

Em termos de hardware, os sensores deste equipamento não são maus, mas a Asus poderia fazer um pouco mais do lado do software para melhorar (muito) a qualidade fotográfica deste equipamento. Tenho esperança que isso aconteça quando a atualização do Android 11 chegar a este equipamento… até lá, as fotos são medíocres.

Autonomia

O ROG Phone 3 conta com um ecrã com uma alta taxa de refrescamento, e isso normalmente significa que vai consumir mais bateria. Mas no uso no mundo real, o smartphone surpreende com a sua durabilidade da bateria.

Ele conta com uma monstruosa bateria com 6000mAh é boa o suficiente para oferecer um dia inteiro de autonomia. Uma hora de jogos intensivos como o PUBG consome cerca de 21%, quando está com as definições no máximo (que este telefone merece que assim seja). Com o modo de configurações medianas, o consumo da bateria desce para 17%.

ROG Phone 3

Com o uso regular, mas redes sociais, email, navegação na Web, e por aí diante, pode facilmente obter um dia inteiro de autonomia sem grande problema. O telefone suporta carregamento rápido de 30 W usando USB Power Delivery, que significa que podemos ter cerca de 50% de bateria quando fica ligado 30 minutos no carregador. Os 100% são obtidos em cerca de 100 minutos.

Veredicto final ROG Phone 3

Este não é um smartphone para jogos, este é o verdadeiro smartphone para jogos. É excelente, adorei utilizar este equipamento. Desde o ecrã, ao seu brutal desempenho, este telefone delicia qualquer amante de tecnologia. E já que estamos a falar de coisas boas, o seu som é algo verdadeiramente maravilhoso, e confesso que não sabia que era possível ter uma experiência tão boa nessa área, e este smartphone veio demonstrar que sim.

A seu secção fotográfica, não afirmo que me desanimou porque já sabia que ia ser assim, no entanto merecia algo melhor. O hardware está lá todo, e a Asus pode dedicar-se um pouco ao software e tornar essa parte mais sólida, e que tornaria este equipamento muito mais interessante.

Não fosse a fotografia ser realmente medíocre, eu dava uma nota máxima a este equipamento, assim sendo fica-se pelas 4 estrelas:

Joel Pinto

Fundador do Noticias e Tecnologia, e este foi o seu segundo projeto online, depois de vários anos ligado a um portal voltado para o sistema Android, onde também foi um dos seus fundadores.