Análise Afterpulse para a Nintendo Switch

Análise Afterpulse para a Nintendo Switch

4 Abril, 2021 0 Por Joel Pinto

Depois de uma longa espera, a Digital Legends Entertainment finalmente disponibilizou o Afterpulse para a Nintendo Switch, um shooter que já está disponível desde 2019 para os smartphones.

Este é mais uma Battle Royale que desta vez chegou à consola da Nintendo, que como sempre, nos coloca na pelo de um soldado que tem de lutar contra outros personagens numa variedade de cenários.

Gráficos e Jogabilidade

Como em todos os Battle Royale, aqui temos uma infinidade de skins, e outros cosméticos que podemos comprar com dinheiro real, que tudo é muito interessante no menu do jogo. Aí os gráficos são limpos, interessantes, e cheios de bons detalhes.
Entrando no jogo, os gráficos mantêm-se limpos, mas diversas vezes os ângulos de visão ficam longe de ser perfeitos, principalmente quando estamos na perceptiva em terceira pessoa.

O Afterpulse pode ser dividido basicamente em alguns passos simples: Vá para onde estão a ocorrer os tiroteios, aponte para os inimigos, dispare, e volte a repetir todo o procedimento. O jogo foi lançado pela primeira vez para dispositivos móveis, e como deve imaginar, jogar este jogo na Switch, muito tempo depois, torna isso dolorosamente óbvio.

Basta simplesmente colocar a mira dentro de uma zona repleta de inimigos, e esvaziar o carregador da sua arma. Não há como mirar, ou melhorar a precisão da mira, basta aproximar-se do alvo.

A mobilidade dos personagem é realmente muito básica. O único motivo pelo qual nos temos de movimentar, é para encontrar inimigos para matar. Esqueça o facto de ter de evitar o que quer que seja, porque o nível de auxílio à mira deste jogo torna tudo isso bastante inútil.

Não há absolutamente qualquer razão para focar na mobilidade. Uma porção da armadura fornece mobilidade ao custo de sacrificar a protecção, o que não faz absolutamente nenhum sentido. A única razão para focar na velocidade é tornar as lutas mais rápidas, onde estará parado, a disparar contra os inimigos e a tirar fotos.

Desempenho

Na teoria, a Nintendo Switch deverá ser capaz de reproduzir qualquer jogo originalmente desenvolvido para smartphone, no entanto, ao carregar o Afterpulse temos imensas falhas de carregamento, que são no mínimo confusas. Para ser justo, ele nunca travou durante um jogo, ou em qualquer outro momento crucial enquanto testávamos o jogo, o problema é precisamente esse: começar a jogar.

Afterpulse

Este não é como os battle royale que temos para smartphone, como o COD, o PUBG ou até mesmo o Fortnite… já que fiquei com a sensação que nem todas as áreas do corpo que são atingidas causam dano. Temos de acertar bem ao centro do corpo do inimigo, já que em zonas como braços, fiquei com a sensação que existe um “bug” que faz não causar dano.

Veredicto Final: Afterpulse para Nintendo Switch

O jogo não é mau de todo, mas também não posso dizer que é bom. Os seus gráficos são nítidos e a mecânica de equipamentos evita que este jogo seja uma desgraça. A variedade de cosméticos também é muito interessante, mas tudo isso só pode ser obtido jogando muitas e muitas horas.

No entanto, a sua jogabilidade é digamos que… desajeitada, ultra-simplista e não adequada para a Nintendo Switch. Poderia aceitar estas parte mais negativas se o jogo fosse gratuito, mas na verdade ele custa €19.99 (na eShop) e precisa de uma assinatura válida do Nintendo Switch Online para ser jogado. Tenho muitas esperanças que o estúdio disponibilize algumas actualizações que reparem estas falhas, já que estamos perante um jogo com muito potencial, mas de momento apenas potencial.

Como tal, não podemos dar mais do que:

Joel Pinto

Fundador do Noticias e Tecnologia, e este foi o seu segundo projeto online, depois de vários anos ligado a um portal voltado para o sistema Android, onde também foi um dos seus fundadores.